Cartão sem limite - TCU analisa gastos
Mais uma vez o Tribunal de Contas da União (TCU) fará auditoria para verificar a regularidade dos gastos com cartão de crédito corporativo da Presidência, desde agosto de 2005 as investigações começaram, e o governo faz de tudo, para que esse escândalo não estoure tão próximo das eleições.
O ministro Ubiratan Aguiar, do Tribunal de Contas da União, mesmo de férias no Ceará, analisa com lupa as auditorias realizadas em três mil das 30 mil notas fiscais que comprovam os gastos milionários com os cartões de crédito corporativos da Presidência da República. Há indícios de notas fiscais frias e até de saques em dinheiro vivo, sem prévia liquidação da despesa, como manda a Lei.
A auditoria será feita na Secretaria de Administração da Casa Civil da Presidência da República e na Agência Brasileira de Inteligência (Abin), responsáveis por 54% das despesas efetuadas com o cartão corporativo.
O cartão de crédito corporativo foi instituído em 1998 (8 anos de gatos infinitos só em cartão!!!), no governo Fernando Henrique Cardoso, para pagamentos de rotina, como, por exemplo, compra de passagens aéreas, gastos com deslocamento de autoridades, pagamento de materiais e serviços mais urgentes na Presidência, que não podem esperar por uma licitação como tinta pra impressora, a pizza no final da noite de trabalho, etc.., coisas pequenas.
Mas as investigações têm foco nas retiradas em espécie feitas por funcionários ligados ao gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva num total de 3,2 milhões de reais em faturas, foram sacados 2,2 milhões de reais em espécie. (dados que referem-se aos meses de janeiro a agosto de 2005, tem mais coisa aí desde então!)
Exemplos:
A Primeira-dama: Suas faturas foram de R$ 441 mil em oito meses de uso – R$ 198 mil sacados em dinheiro.
O funcionário Clever Pereira Fialho, CPF 265.787.941-53, lotado junto ao presidente, foi o campeão absoluto dos gastos. Suas faturas nos mesmos oitos meses somaram mais de R$ 1 milhão – sendo que os saques em dinheiro vivo foram de R$ 226,9 mil. Clever era o ecônomo titular do presidente.
Lula também trabalha em revezamento com outros oito ecônomos, como Anderson Pereira de Aguiar (saques de R$ 239,3 mil), José Roberto Possa (saques de R$ 205,9 mil) e Ademar Paoliello Freire (saques de R$ 199,1 mil). No total, os nove ecônomos de Lula sacaram no período R$ 1,510 milhão – uma média de R$ 189 mil mensais.
O decreto da Presidência, que regulamenta o uso dos cartões está neste link.
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O que podemos fazer?
Eu estou ajudando a divulgar, envie esse post para o máximo de pessoas ficarem sabendo.
Fonte: Revista Isto é Dinheiro e Coluna do Cláudio Humberto
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