Externações
Longe meus passos do teu
contentamento
Saudade outrora
confortavel pensamento
Na trilha que encharca
minhas botas
Água em minhas
pegadas cai
Na direção que apontam
minhas costas
Revendo o caminho diviso
que te vais.
Chegando onde o meu
rosto encontra
A alma de(la) não é
substituida
Nem há corpo que se
adentra
E o desejo agora enterrado
Faz-se a gana destruida
Amor em aço cerrado
Fastio é o que escolho
Aos grihões dessas
lembranças
A todo custo privo
minha vista
Das cores da pele e
olhos
Dos volumes das costas
e ancas
De tu a fome madrasta
Por estas carnes que salivo
Enterrar, nela toda
saliência
Que tenho em mim,
cativo
Nas noites de viuvo
Leva lua, a paciência
Que da loucura me esquivo
Lembra o sorriso de
flores pequenas
Nas vazantes ondas dos
cabelos
Agora miudos cachos de
verbena
Nostalgicos na cama em
desmantelo
Citrus respiro na nuca
serena
Enroscado nos vãos do
corpo belo.
Rasgar em ti a minha
camisa
O corpo arquear como
quem baila
Saciar os musculos em
tuas fontes
Encaixar na encosta de
rocha lisa
Tomar nas garras macia
argila
E descansar entre
pequenos montes
(Miliano)
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