Muito além do que se vê...
A ciência que estuda a Realidade
A ciência que estuda a realidade chama-se sociologia. Ela estuda o convívio entre as pessoas em grupos, associações e comunidades. Os sociólogos utilizam as estatísticas como métodos de estudo descrevem o comportamento da sociedade perante um determinado assunto.
A sociologia contribui muito para o desenvolvimento de políticas sociais e públicas voltadas para equidade, diminuindo as conseqüências da desigualdade social.
É o cidadão quem tem a capacidade de interpretar e compreender os acontecimentos do seu cotidiano. E claro, agir sobre eles. A análise de conjuntura provoca um olhar sobre os fatos que visa buscar, contextualizar e aprofundar suas causas.
Para analisar a realidade são necessárias quatro ferramentas básicas: Acontecimentos, Cenários, Atores e Relação de forças. Os acontecimentos são os fatos que adquirem um sentido diferente, quase especial para o país, classe social ou até mesmo uma pessoa. É importante distinguir os acontecimentos dos fatos, depois organizá-los por importância. O cenário são os espaços onde se desenvolvem as ações da trama social e políticas. A mudança do cenário é uma condição importante de mudança no processo.
O indivíduo é um ator social quando ele representa algo para a sociedade. Também podem ser atores de uma classe social, sindicatos, partidos políticos, igrejas e etc. Os diferentes atores sociais estão em relação uns com os outros. Não importa qual seja o tipo de relação, elas sempre estão revelando ser uma relação de domínio, igualdade ou de subordinação.
É importante saber claramente a relação de fatores existentes no objetivo de análise. É bom lembrar que as relações de forças são mutáveis, afinal a vida é cheia de surpresas. A nossa realidade muda a todo instante.
O Brasil, por exemplo, é um dos países que a apresenta maiores níveis de concentração de renda no mundo. E em 2008 (lembra-se da sua vida no ano de 2008?) metade das famílias vivia com a renda abaixo do salário mínimo da época, se eu não me engano o valor era de 415,00.
Quando tomamos conhecimento de informações como essas pensamos que tudo isso provém de problemas físicos e emocionais. Que a pobreza seria resultado do pouco esforço ou pouca capacidade dos indivíduos e o sucesso econômico só vem de acordo com o trabalho e esforço individual. Sendo assim alguns países seriam mais ricos do que outros, por fatores como clima ou raça da população que compõe a sociedade. Mas mesmo assim, muita gente trabalha muito ao longo de toda a vida e continua com o estado de pobreza.
Então, podemos concluir que muito do que acontece com os grupos sociais e com os indivíduos decorre dos fatores sociais. Os problemas humanos não poderiam ser entendidos com base nos fatores físicos e emocionais, afinal, as pessoas não são livres para fazer o que quiserem de suas vidas. Os nossos comportamentos são resultados dos fatores sociais.
A sociologia surgiu como ciência no século 19 para entender os problemas das revoluções Francesas e Industriais. Já o século 21 trouxe novas questões. O capitalismo vive hoje uma profunda reestruturação que produz grandes mudanças na vida cotidiana, no mundo do trabalho e até mesmo a cultura. A sociedade pós- industrial está mudando a organização do trabalho, a disseminação da informação e as formas de cidadania. Todas essas mudanças têm exigido a construção de novos conceitos e o desenvolvimento da pesquisa para que possamos entendê-los.
Diante dessas reflexões, quais ações em âmbito individual e coletivo, podem nos ajudar a construir uma sociedade com mais chance de oportunidade para todos?
Fonte: Revista Mundo Jovem.
Do blog da Mariana Cardoso
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