Estava eu, deitado na rede, olhando pro dedão do pé. Sem muito o que pensar, começou a escurecer e eu, com medo de mordida de cobra, não quis ir acender a luz. Pela minha pernambucana preguiça, fiquei no escuro e então veio aquela luz... como nos desenhos animados que eu assistia. Plim. Iluminado por um segundo, pela história da hidroelétrica que vai matar um monte de árvore e bicho, que vai desequilibrar um monte, ou montes... e modificar a vida de algumas pessoas que vivem na região há um monte de tempo. Morte da cultura desse povo, ligado à terra. Topofilia, afetividade pelo meio onde se constrói a cultura. Depois do segundo iluminado (de iluminação), voltando às escuras, pensei sem muita claridade no apagão que aconteceu outro dia. O que será que provocou a falta de luz... de luz, de ar condicionado, de água gelada, de tuiter? Como os raciocínios muito elaborados estão em racionamento por aqui, comecei a viajar... Queridos sete leitores, e se o apagão foi cria...