No Natal vou pedir uma assim ao Papai Noel...



Da meninice, o frescor
A obra do escultor
Nem ouro, nem madeira
Mas em ébano, a divina talhadeira
Desenhou beleza que não finda
Na minha bruma surge ainda
Formosa guerreira d'África
Que povoa estória fantástica
Em minha turva visão
Da boca as pérolas num clarão
Com sorriso enfeita minha vida
Fazendo brincadeira querida
De rei e de escravo
Nos lábios que em favo
Untam devaneios de mel
Descobre outrora escondido céu
E planeja noites em dia
Brincando inocente folia
Nas tranças de uma Nagô
Aranha na forma de fulô
Que depois muda em peixe
Nada em minha retina, luz em feixe.
E me ensina o que já sei
Sou Besouro, mutante e Sensei
No frescor de tua meninice.

Miliano

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