O Brasil com o Pré-Sal e os Russos com o Vostok

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Em 1957, os russos estabeleceram uma remota base na Antártida, a estação Vostok, lugar este que teve a mais baixa temperatura da história do planeta registada pelo homem: - 89º C. Manter esta estação por questões logísticas, como suprimento dos integrantes, foi algo difícil e, se não fosse por causa do lago, o nome Vostok se perderia facilmente na história. O que aconteceu, entretanto, foi que nos anos 70 os britânicos sobrevoaram esta área utilizando um radar aéreo e, ao passarem pela estação Vostok, foi recebido um sinal compatível a um sobrevoou marítimo. Mais 20 anos foram necessários para que as suspeitas fossem confirmadas e assim um satélite apontou a existência de água 4 km abaixo da superfície. Um lago de 250km de comprimento e 50 km de largura (na sua parte mais larga).

A existência de água no lugar mais frio da planeta aparentemente não faz sentido, mas existe uma explicação geológica para isso: abaixo da crosta terrestre existe o que os geólogos chamam de manto, rochas de vasta profundidade e consistência viscosa, com temperaturas que variam de 600º C até 3.500º C (as lavas oriundas de atividades vulcânicas se formam nesta camada). Desta forma seria possível que, em épocas remotas, cataclismos criassem uma estrutura propícia para a formação de um lago abaixo do gelo. Acima do lago existe ainda uma espessa camada de gelo que serve como um isolante térmico, garantindo seu estado líquido.


No último dia 5 de fevereiro, cientistas e engenheiros russos conseguiram levar uma broca até a superfície do lago Vostok, na Antártida, o maior lago abaixo de uma geleira do mundo. Os russos estão há 20 anos perfurando os 3.769 metros de neve e gelo até o reservatório de água pristina, isolada do restante do mundo há 15 milhões de anos. Os especialistas acreditam que o lago Vostok é lar para formas de vidas desconhecidas. Ele também é um excelente candidato para simular condições semelhantes a outros cantos do Sistema Solar, como a lua Europa, de Júpiter. A partir de dezembro, os cientistas russos vão começar a analisar a água do lago e dar início a uma série de pesquisas sem precedentes na história da humanidade.

Mesmo durante a perfuração encontraram muitos micro-organismos, e é certo que muita coisa nova aparecerá quando vasculharem todo o lago, as possibilidades são incalculáveis. Podemos perceber que ainda há muito a ser descoberto aqui no planeta. Esse lago abre possiblidades para que em outros astros, mesmo aqui no sitema solar, seja possível encontrar água e vida.

Podemos perceber também que a busca por água doce no planeta, já começou.

Veja na animação abaixo um esquema mais esclarecedor.




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