Mulher de Bouguereau

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(O Nacimento de Vênus - Bouguereau - 1879)


Forte, macio o desejo meu

Por entre o corpo teu

Me impele à você.

te ver,

impávida, estendida.

És terra que examino do teu horizonte,

como ávido desbravador.

Quebra a noite tua brancura.

Que nem o sol estilhaça na madrugada

Mulher de Bouguereau.

Linda, flexível, nua, sexy

Retiro o vestido, teu-meu, vestido

Que te cobre e me tenta a descobrir-te

Desfila nesse palco,

posições de fotos guardadas nem sei onde.

Queria prender-te em mim como elas

Mais e mais doses de tuas coxas.

Mais e mais goles de tua sede,

Deixe eu ser o teu vinho e a água.

Se eu fosse antes não seria agora,

deixe ser agora,

deixe ser paralelo universo.

Deixe ser eu, você e ninguém.

Siga,

volte,

não pense.

Porque são tuas as minhas mãos.


(Miliano)

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