Minha Luta (Mein Kampf) - Adolf Hitler


É o livro no qual Adolf Hitler expressou suas idéias. Editado inicialmente em 1924, tornou-se um guia ideológico e de ação para os nacional-socialistas e também atualmente os neo-nazistas, primeiro dentro e depois fora da Alemanha.

O primeiro volume intitulado Eine Abrechnung, foi publicado em 18 de Julho de 1925; o segundo volume, Die Nationalsozialistische Bewegung (O movimento nacional-socialista), foi publicado em 1926. O título original da obra era "Viereinhalb Jahre [des Kampfes] gegen Lüge, Dummheit und Feigheit" ("Quatro anos e meio de luta contra mentiras, estupidez e covardia"). O diretor da obra, Max Amann, decidiu que o título era muito complicado e então decidiu reduzi-lo para "Mein Kampf".

É importante notar que a flexibilidade conotativa e contextual da palavra "Kampf" alemã traz diversas possibilidades de traduções para o título. A palavra também pode ser traduzida como 'luta', 'combate', ou até mesmo como 'guerra', o que é evidenciado por vários exemplos como os nomes alemães de diversos tanques ("Panzerkampfwagen", "Veículo de guerra blindado") ou por números de bombardeiros ("Sturzkampfflugzeug", "Avião bombardeiro de guerra"). "Minha luta" pode ser considerado o mais correto, porém "Minha Guerra" pode chegar mais perto.

Muitos ainda acham "Minha Luta" a tradução correta, porém, de acordo com o texto, Hitler descreve as várias tribulações que ele e seu movimento experimentaram durante seus primeiros anos. Precedentes para essa tradução podem ser encontrados em títulos de outras obras literárias da época como "Der Kampf ums Recht" (A luta pela Justiça), de Rudolf von Jhering.

Hitler começou a ditar o livro para Emil Maurice enquanto estava preso em Landsberg, e depois de Julho de 1924 passou a ditar para Rudolf Heß, que depois, junto com muitos outros, foi editando o livro. Aparentemente para eles, a obra era repetitiva e de difícil leitura, então acabou sendo editado e re-editado pelos vinte anos seguintes, sendo dedicado a Dietrich Eckart, membro da Sociedade Thule.

As principais idéias do livro são aquelas que mais tarde se tentariam aplicar durante a Segunda Guerra Mundial. O livro é dominado pelo anti-semitismo de Hitler e seus companheiros. Por exemplo, Hitler nos diz que a língua internacional Esperanto faz parte da conspiração dos judeus, e faz comentários a favor da antiga idéia nacionalista Alemã do "Drang nach Osten": a necessidade de ganhar o Lebensraum (espaço vital) para o leste, especialmente na Rússia.

Muito do material do livro foi inovador. Hitler usou como tese principal o "Perigo Judeu", que fala sobre a conspiração dos Judeus para ganhar a liderança na Alemanha. No entanto, o livro também é autobiográfico, dá detalhes da infância de Hitler e o processo pelo qual ele se transformou em um nacionalista, depois num anti-semista, e finalmente num militarista. Hitler foi marcado pela sua juventude em Viena, Áustria.

Antes de Hitler se tornar chanceler da Alemanha em 1933, Mein Kampf vendeu muito vagarosamente, mas em 1933 o livro vendeu sozinho 1,5 milhões de cópias. O NSDAP (Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei) afirmou que o livro antes disso já era um grande vendedor.

Depois da ascensão de Hitler ao poder, o livro ganhou popularidade enorme e acabou se tornando a Bíblia de cada Nazista. Até mesmo os casais que queriam se casar precisavam possuir uma cópia. As vendas de Mein Kampf renderam a Hitler milhões; no entanto, a maioria dos que compraram o livro nunca o leram, compraram-no apenas para mostrar fidelidade a Hitler, ganhar posições na NSDAP ou até mesmo para evitar problemas com a Gestapo. No final da guerra, 10 milhões de cópias do livro foram distribuídas pela Alemanha.

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